A segunda etapa do rali de Portugal começou de forma dramática para os anteriores líderes da geral e do WRC2: Kalle Rovanperä (Toyota) despistou-se em Montim 1 e Oliver Solberg (Skoda) capotou duas curvas depois. Sébastien Ogier (Hyundai) e Ott Tänak (Hyundai) assumiam a liderança para as provas especiais de classificação da tarde de sábado separados por 13,6 segundos.
O líder do rali, Kalle Rovanperä, abriu o dia com o melhor tempo em Felgueiras, mas despistou-se logo no troço seguinte, em Montim, ficando fora da etapa deste sábado. Poucos minutos depois, o líder do WRC2, Oliver Solberg, passou pelo carro de Rovanperä e capotou duas curvas depois, ficando também fora de prova.
A primeira passagem pela mais longa classificativa da prova, Amarante (37,24 km), também deixou de fora o então terceiro da geral, Takamoto Katsuta, com a suspensão traseira do seu Toyota partida. Com estes desenvolvimentos, Sébastien Ogier e Ott Tänak ficaram envolvidas num duelo intenso, com ambos a terminarem a seção matinal separados por 0,2s, após 184,58 quilómetros cronometrados!
Contudo, um forte ataque de Ogier, em Paredes e um furo de Tänak deixou os dois primeiros separados por 13,6s, embora esteja tudo em aberto para a dura secção da tarde. Os Hyundai de Thierry Neuville – que cometeu dois erros na especial de Montim – e Dani Sordo estão logo atrás na geral, separados por escassos 3,6s. Seguem-se Adrien Fourmaux (Ford) e Elfyn Evans (Toyota), com o galês a tentar limitar as perdas pontuais para o seu grande adversário na luta pelo título, Neuville.
No WRC2, a desistência de Solberg deixou Yohan Rossel (Citroën) na frente, mas o francês sofreu um furo em Paredes e desceu a segundo, a 1m15,4s do novo comandante, Gus Greensmith (Skoda).
José Pedro Fontes/Inês Ponte em destaque entre os portugueses
A dupla José Pedro Fontes/Inês Ponte terminou no pódio, e na liderança da classificação dos portugueses no CPR, a etapa que compunha a quarta jornada pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis.
A luta pelos lugares do pódio esteve bem viva durante toda a etapa e foi com um ataque forte nos cerca de 18 quilómetros da derradeira especial – a segunda passagem pelo troço de Mortágua -, na qual bateu Armindo Araújo por 18 segundos, que José Pedro Fontes garantiu o segundo posto na etapa da prova do CPR.
“Hoje encontrámos troços muito menos duros e menos cavados do que em edições anteriores do Rally de Portugal. Estávamos preparados para pior, mas, acima de tudo, confiantes na capacidade do carro e mostrámos, desde cedo, ter condições para lutar pelos lugares cimeiros. Este segundo lugar é um excelente prémio para toda a equipa. É sabido que o arranque da temporada não foi favorável para nós, mas hoje demos uma excelente mostra do nosso valor. Venha o próximo…” afirmou o piloto do Citroën Vodafone Team.
Rali de Portugal confirmado no WRC até 2026
A prova portuguesa do Campeonato do Mundo FIA de Ralis (WRC) vai continuar no calendário, pelo menos, até 2026, após a assinatura de um novo contrato entre o Automóvel Club de Portugal (ACP) e o promotor do Mundial.
Disputado pela primeira vez em 1967, o Rally de Portugal fez parte do grupo de eventos fundadores do Campeonato do Mundo de Ralis, em 1973, ano em que foi a terceira prova do calendário, ao lado de outros eventos emblemáticos como Monte Carlo. Portugal tornou-se um dos ralis mais populares do calendário, considerado oficialmente o melhor rali do mundo por cinco vezes
O Vodafone Rally de Portugal é o mais importante evento desportivo realizado, anualmente, em Portugal, com quase um milhão de espetadores, um impacto recorde de 164,7 milhões de euros na Economia nacional.